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Espinha Bífida e Medula Presa (ancorada)

Em algumas crianças, no fim do primeiro mês da gestação, pode ocorrer uma falha no fechamento de tecidos que dão origem à coluna e a medula, levando aos disrafismos espinhais (espinha bífida).

As manifestações clínicas desta falha na formação podem ser muito extensas, não havendo formação da pele e o tecido nervoso ficando exposto. São os casos da mielomeningoceles, já presentes ao nascimento e hoje diagnosticadas nos exames de pré natal. Nestes casos é muito importante a comunicação entre o Obstetra e o Neurocirurgião Pediátrico, planejando o nascimento da criança, minimizando os riscos e propiciando um tratamento o mais breve possível.

Existem formas menos severas de espinha bífida, quando a pele fica íntegra. São os chamados disrafismos ocultos. Nestes casos a criança pode desenvolver problemas na coluna e na medula  com o passar do tempo.

Geralmente estas crianças apresentam sinais nas costas, os estigmas cutâneos, que são um sinal de que o disrafismos pode existir. O pediatra (ou mesmo os pais) podem identificar estes sinais. Os mais comuns são tumorações  (lombinhos), tufos de cabelos, orifícios e manchas vermelhas.

Os sintomas são variados indo de dores nas costas, pezinhos tortos, alteração da marcha, distúrbios para urinar ou evacuar até manifestações neurológicas ( principalmente perda de força).

Por vezes o tratamento precoce é indicado, antes das alterações da urina ou neurológicas.

Não é incomum a criança necessitar de mais de uma cirurgia durante a sua vida.

Estas crianças podem manifestar um tipo específico da alergia, ao látex (borracha). Por isso o contato com este tipo de material deve sempre ser evitado, tanto no ambiente familiar quanto hospitalar. Este é um cuidado sempre adotado pela equipe.

A prevenção do disrafismo deve sempre ser realizada pelo  uso do Ácido Fólico. Ele  é aconselhado para todas as mulheres em idade reprodutiva.


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